O cinturão paraquedista é um equipamento essencial para trabalhos em altura e representa a principal linha de defesa do trabalhador contra quedas. De acordo com a Norma Regulamentadora NR 35, qualquer atividade executada acima de dois metros exige o uso de sistemas de proteção adequados, e o cinturão tipo paraquedista é o elemento central desse sistema.
Mais do que um item obrigatório, ele é um dispositivo de retenção e sustentação projetado para distribuir o impacto de uma queda de forma controlada e segura. Seu uso correto é decisivo para evitar lesões graves e garantir a integridade física do profissional exposto a riscos de altura.
Função e importância do cinturão paraquedista
O cinturão paraquedista é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) destinado a segurar o corpo do trabalhador em caso de queda, distribuindo as forças de impacto entre as partes mais resistentes do corpo, como quadris, coxas e ombros. Ele também pode ser utilizado para posicionamento, resgate e movimentação em ambientes confinados, desde que os pontos de engate apropriados sejam respeitados conforme orientação do fabricante.
Seu desenho ergonômico permite que o trabalhador execute suas atividades com liberdade de movimento, ao mesmo tempo em que permanece protegido. No entanto, essa proteção depende diretamente da correta seleção, ajuste e inspeção do equipamento.
Componentes principais do cinturão
Sua estrutura é formada por fitas têxteis de alta resistência, fivelas metálicas ajustáveis, pontos de engate certificados e etiquetas de identificação obrigatórias, todos conectados de maneira a garantir integridade mecânica, ergonomia e conforto durante o uso prolongado.
Cada componente desempenha uma função específica e interdependente. O conjunto deve trabalhar de forma sinérgica para absorver energia, evitar movimentos bruscos e garantir que o trabalhador permaneça corretamente sustentado após uma queda ou durante atividades de posicionamento.
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A seguir, o detalhamento técnico dos principais elementos que compõem o cinturão paraquedista:
1. Fitas Primárias Superiores
As fitas primárias superiores são as estruturas têxteis que passam sobre os ombros do usuário e constituem a base de sustentação do tronco. São geralmente confeccionadas em poliéster de alta tenacidade, com resistência mínima de ruptura de 27 kN, conforme NBR 15835.
Essas fitas suportam as cargas transmitidas a partir dos pontos de engate dorsal ou peitoral e direcionam o impacto para as áreas mais fortes do corpo (ombros, costas e cintura pélvica).
Função técnica:
- Distribuir a força do impacto de forma simétrica entre os ombros;
- Manter o alinhamento postural durante a retenção da queda;
- Evitar deslocamento superior ou torção do tronco.
A costura dessas fitas deve ser contínua e contrastante em cor, permitindo inspeção visual. Qualquer desgaste, corte, desfiamento ou marca de abrasão é motivo para substituição imediata.
2. Fita Secundária
A fita secundária atua como reforço estrutural do conjunto, garantindo maior rigidez e estabilidade ao cinturão.
Ela conecta as partes superiores e inferiores do equipamento, contribuindo para a absorção progressiva de energia durante uma queda. Em modelos de uso intensivo, essa fita também ajuda a limitar o alongamento das fitas principais, reduzindo o risco de deslocamento do centro de gravidade.
Função técnica:
- Reforçar o conjunto estrutural do cinturão;
- Auxiliar na distribuição de carga entre ombros, quadris e coxas;
- Aumentar a durabilidade do equipamento sob uso contínuo.
3. Fita Subpélvica
A fita subpélvica é um dos elementos mais importantes do cinturão, responsável por sustentar o corpo em suspensão e evitar compressão na região lombar e nas artérias femorais.
Posicionada abaixo da pelve, ela forma uma espécie de “assento” de sustentação durante a queda, garantindo que o trabalhador permaneça em posição vertical e equilibrada.
Função técnica:
- Sustentar o peso corporal em caso de suspensão pós-queda;
- Reduzir a carga localizada na lombar e abdômen;
- Impedir o efeito de “cisalhamento” das fitas sobre o corpo.
Essa fita deve ser confeccionada com material de alta resistência e flexibilidade controlada, permitindo sustentação sem causar desconforto excessivo durante longos períodos de uso.
4. Fitas das Coxas
As fitas das coxas circundam a parte superior das pernas e conectam-se à fita subpélvica e às fitas superiores.
Elas garantem a estabilidade do corpo e impedem que o trabalhador deslize pelo interior do cinturão durante uma queda.
Função técnica:
- Estabilizar o corpo em suspensão;
- Distribuir parte do impacto para a região das coxas, minimizando sobrecarga no tronco;
- Evitar o efeito de “queda parcial” dentro do cinturão.
Essas fitas devem ser ajustadas de modo firme, porém sem restringir a circulação sanguínea. O ajuste incorreto pode causar desconforto, hematomas ou compressão femoral em quedas.
5. Apoio Dorsal para Posicionamento
O apoio dorsal é um componente rígido ou semirrígido localizado na parte traseira do cinturão, geralmente integrado às fitas principais.
Sua função é oferecer suporte para atividades estacionárias ou de posicionamento, permitindo que o trabalhador mantenha-se apoiado confortavelmente enquanto executa tarefas em altura, sem utilizar os braços para sustentação.
Função técnica:
- Fornecer base anatômica para o dorso;
- Distribuir pressão e aumentar o conforto em trabalhos prolongados;
- Servir como ponto de fixação para talabartes de posicionamento (quando previsto).
É fundamental compreender que o apoio dorsal não é um ponto de engate para retenção de queda, e sim um elemento de estabilidade postural.
6. Fivelas de Ajuste
As fivelas de ajuste são peças metálicas (geralmente de aço carbono ou alumínio aeronáutico) que permitem a regulagem precisa das fitas conforme o biotipo do usuário.
Elas são projetadas para resistir a cargas estáticas e dinâmicas sem deformação, e devem possuir tratamento anticorrosivo conforme NBR 12133.
Função técnica:
- Ajustar o comprimento das fitas e garantir o encaixe anatômico do cinturão;
- Evitar folgas que comprometam o desempenho do sistema;
- Manter a regulagem estável mesmo sob carga de impacto.
Durante a inspeção, deve-se verificar a ausência de ferrugem, trincas, desgaste ou deformações. Fivelas danificadas comprometem a integridade do conjunto e devem ser substituídas imediatamente.
7, 8 e 9. Pontos de Engate
Os pontos de engate são elementos metálicos em formato de argolas (geralmente em “D” ou “O”) que servem de interface entre o cinturão e o sistema de ancoragem.
Cada ponto tem finalidade específica, podendo ser usado para retenção de queda, posicionamento, suspensão ou resgate, conforme o projeto do fabricante.
Função técnica:
- Permitir a conexão segura ao sistema de ancoragem;
- Direcionar corretamente o vetor de força durante uma queda;
- Garantir a resistência mecânica mínima exigida por norma (15 kN para retenção de queda).
O ponto de engate é considerado o componente de maior responsabilidade do cinturão. Seu uso incorreto pode levar à falha total do sistema, motivo pelo qual deve sempre seguir as instruções técnicas e etiquetas de indicação de engate.
A e B. Etiquetas de Identificação e de Engate
As etiquetas de identificação e de engate são elementos obrigatórios conforme a NBR 15835 e têm valor técnico e jurídico.
Elas contêm informações que garantem a rastreabilidade e a conformidade do produto, além de indicar visualmente o ponto correto de engate e suas respectivas funções.
Devem conter, obrigatoriamente:
- Nome do fabricante e número do lote;
- Data de fabricação e validade;
- Norma técnica de referência (ex.: NBR 15835);
- Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo MTE;
- Pictogramas e símbolos de engate (ex.: dorsal, peitoral, lateral, abdominal).
A etiqueta também serve como indicador de inspeção. Caso esteja ilegível, rasgada ou ausente, o cinturão deve ser considerado inapto para uso até substituição ou recertificação.
Ponto de engate e sua função
1. Engate Dorsal (Costas)
O engate dorsal, localizado na região superior das costas, é o ponto primário e exclusivo para retenção de quedas.
Conforme a NBR 15835, ele deve suportar uma força mínima de 15 kN (quilonewtons) sem ruptura, garantindo absorção adequada do impacto quando utilizado com talabartes equipados com absorvedor de energia.
Função técnica: Durante uma queda, o talabarte conectado ao ponto dorsal direciona o vetor de força de tração para o centro de gravidade do corpo, reduzindo o risco de lesões torácicas e mantendo o trabalhador de costas para o ponto de ancoragem, o que favorece a estabilidade e reduz o balanço pendular.
Aplicações típicas:
- Trabalhos em torres de telecomunicação e linhas de transmissão;
- Montagem de estruturas metálicas;
- Plataformas suspensas e andaimes;
- Manutenção industrial e construção civil.
Atenção técnica: O engate dorsal não deve ser usado para suspensão prolongada, pois pode causar compressão torácica e dificultar a respiração após alguns minutos em posição vertical. Nessas situações, deve-se optar por pontos de suspensão específicos, como o abdominal.
2. Engate Peitoral (Frontal)
O engate peitoral localiza-se na parte frontal do cinturão, geralmente na altura do esterno, e é utilizado em sistemas de linha de vida vertical (como escadas fixas, torres e tanques) e em operações de resgate.
Função técnica: O ponto frontal oferece maior controle postural e permite que o corpo mantenha-se em posição ereta durante a suspensão. Ele reduz o risco de torção da coluna e facilita o içamento ou descida controlada em situações de resgate. Quando conectado a um trava-quedas retrátil vertical, o engate peitoral garante que o vetor de carga atue no eixo frontal do corpo, reduzindo o impacto na lombar.
Aplicações típicas:
- Linhas de vida verticais com trava-quedas guiado;
- Atividades de resgate e evacuação;
- Trabalhos em escadas fixas e silos;
- Acesso a espaços confinados.
Atenção técnica: Apesar de oferecer estabilidade frontal, o engate peitoral não substitui o engate dorsal em sistemas de retenção de queda convencionais. O uso indevido pode alterar o ponto de rotação do corpo durante o impacto, aumentando o risco de choque contra estruturas.
3. Engates Laterais (Cintura)
Os engates laterais estão posicionados na altura da cintura, um de cada lado do cinturão, e têm função exclusiva de posicionamento.
Esses pontos são projetados para suportar o peso estático do trabalhador, permitindo que ele se mantenha apoiado e com as mãos livres para executar atividades em locais elevados.
Função técnica: Quando conectados a um talabarte de posicionamento, os engates laterais estabilizam o corpo e reduzem a fadiga muscular, mantendo o trabalhador próximo à superfície de trabalho. O esforço aplicado é predominantemente horizontal, e o sistema não deve ser submetido a cargas dinâmicas decorrentes de queda.
Aplicações típicas:
- Manutenção de estruturas verticais;
- Serviços em postes, torres ou fachadas;
- Montagem de linhas elétricas e metálicas.
Atenção técnica: O uso dos engates laterais para retenção de quedas é terminantemente proibido. Estes pontos não possuem certificação para absorver energia de impacto, e uma queda conectada lateralmente pode gerar torção pélvica, fratura lombar ou inversão do corpo.
4. Engate Abdominal (Ventral)
O engate abdominal, ou ventral, situa-se na parte frontal inferior do cinturão, geralmente abaixo da linha do umbigo. É o ponto destinado a atividades de acesso por cordas, técnicas de progressão vertical e suspensão controlada, conforme as normas NBR 15834 (sistemas de acesso por corda) e NBR 15835.
Função técnica: O engate abdominal permite o equilíbrio natural do corpo em suspensão, posicionando o centro de gravidade próximo ao eixo da corda. Isso reduz o esforço sobre a coluna lombar e proporciona liberdade de movimento, sendo ideal para atividades prolongadas em altura.
Aplicações típicas:
- Alpinismo industrial;
- Limpeza de fachadas;
- Inspeção de estruturas verticais;
- Manutenção em torres ou aeronaves.
Atenção técnica: Este ponto não deve ser utilizado para retenção de queda livre, pois não possui absorvedor de impacto. Seu uso deve ser restrito a sistemas de acesso por corda devidamente ancorados e supervisionados.
Riscos do Uso Indevido do Ponto de Engate
Utilizar o ponto incorreto de engate é um dos erros mais graves e recorrentes observados em campo. Entre os principais riscos estão:
- Desalinhamento do corpo no momento do impacto, provocando torções e fraturas;
- Ruptura da costura ou deformação metálica por sobrecarga fora do eixo projetado;
- Efeito chicote (pendular), causado por ancoragem lateral ou frontal em locais inadequados;
- Falha de retenção, caso o talabarte seja preso em ponto não certificado.
A Atlas Safe reforça que cada cinturão possui etiquetas de indicação e certificação específicas, que identificam visualmente o ponto de engate homologado. Essas etiquetas seguem padrões de cor e símbolo definidos pela ABNT, e sua consulta deve ser obrigatória antes do uso.
Normas e regulamentações aplicáveis
A segurança em altura no Brasil é regida principalmente pelas normas NR 35, NBR 15835 e NBR 15836, que definem os requisitos técnicos e os ensaios obrigatórios para certificação dos equipamentos.
NR 35 – Trabalho em altura
A NR 35 estabelece as medidas de prevenção, requisitos de capacitação e responsabilidades do empregador e do trabalhador. O uso do cinturão tipo paraquedista é obrigatório em toda atividade que apresente risco de queda. O equipamento deve possuir Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego e estar em conformidade com as normas técnicas da ABNT.
NBR 15835 – Cintos e cinturões de segurança
A norma define os critérios de desempenho, resistência e ensaios de ruptura, abrasão e envelhecimento para garantir a qualidade do equipamento.
NBR 15836 – Talabartes e conectores
Regulamenta o uso dos talabartes, conectores e absorvedores de energia, que devem ser compatíveis com o cinturão utilizado e certificados dentro do mesmo sistema de retenção.
Uso correto do cinturão paraquedista
- Leia o manual do fabricante e siga todas as instruções de uso, manutenção e descarte.
- Verifique o Certificado de Aprovação (CA) e confirme se o equipamento está dentro do prazo de validade.
- Ajuste todas as fitas para garantir que o cinturão fique justo ao corpo, sem folgas.
- Utilize o ponto de engate indicado pelo fabricante para a função desejada.
- Inspecione visualmente antes de cada uso, observando costuras, desgaste e ferragens.
- Evite modificações que alterem o comportamento original do equipamento.
- Registre todas as inspeções periódicas, conforme exigido pelas normas de segurança.
Elementos de Ligação — conforme SPIQ e NBR 16489
Os elementos de ligação são componentes fundamentais do Sistema de Proteção Individual contra Quedas (SPIQ), responsáveis por conectar o cinturão paraquedista ao ponto de ancoragem e dissipar a energia gerada em uma queda, garantindo que a força transmitida ao corpo do trabalhador não ultrapasse 6 kN, conforme especificado pela ABNT NBR 16489:2016.
Esses elementos formam o elo crítico do sistema de segurança em altura. A sua correta seleção, uso e inspeção determinam a eficiência real do conjunto. Um erro de compatibilidade ou desgaste pode comprometer todo o SPIQ.
Tipos de Elementos de Ligação
- Talabarte com Absorvedor de Energia
É o elemento mais utilizado em sistemas de retenção de queda. Possui fita têxtil ou cabo flexível e um absorvedor integrado ou acoplado, que se deforma progressivamente para reduzir o impacto. Deve suportar 15 kN de carga mínima de ruptura e limitar o esforço no corpo a ≤ 6 kN. É indicado para quedas livres de até 1,8 m. - Talabarte de Posicionamento e Restrição
Utilizado para apoio e estabilização durante o trabalho, conectado aos engates laterais do cinturão. Não possui absorvedor de energia e, portanto, não deve ser utilizado para retenção de quedas. Seu uso é restrito a situações controladas, sem risco de queda vertical. - Trava-Quedas Retrátil ou Guiado
Dispositivo mecânico que permite movimentação livre e bloqueia automaticamente em caso de aceleração súbita. O retrátil é indicado para deslocamentos verticais ou horizontais de grandes alturas; o guiado, para escadas fixas, torres e silos, devendo ser conectado ao engate peitoral do cinturão. - Absorvedor de Energia Isolado
Pode ser do tipo costura rasgável (têxtil) ou mecânico, e atua como dissipador independente quando acoplado a um talabarte ou trava-quedas. A norma exige que, após o acionamento, o absorvedor seja descartado e substituído, mesmo sem danos aparentes.
Requisitos Técnicos Mínimos (NBR 16489)
| Parâmetro | Valor Mínimo | Referência |
| Resistência à ruptura | ≥ 15 kN | NBR 16489 / NBR 15835 |
| Força transmitida ao corpo | ≤ 6 kN | NBR 16489 |
| Altura máxima de queda livre | 1,8 m | NBR 16489 |
| Distância total de parada | ≤ 4,0 m | NBR 16489 |
| Ensaio dinâmico de queda | Massa 100 kg ± 2 kg | Anexo B – NBR 16489 |
Esses limites asseguram que o sistema absorva adequadamente o impacto, sem comprometer a integridade física do trabalhador.
Compatibilidade e Conexão Segura
Os elementos de ligação devem ser mecanicamente compatíveis com o cinturão e a ancoragem.
A NBR 16489 e a NBR 15836 determinam que conectores e mosquetões possuam fechamento automático com dupla trava e resistência mínima de 15 kN.
O tipo de engate define o elemento adequado:
- Dorsal: talabarte com absorvedor (retenção de queda).
- Lateral: talabarte de posicionamento (apoio).
- Peitoral: trava-quedas guiado (subida/descida vertical).
- Abdominal: acesso por corda ou suspensão controlada.
O uso de componentes de diferentes fabricantes só é permitido com declaração formal de compatibilidade. Misturas sem certificação aumentam o risco de falhas mecânicas e abertura acidental do sistema.
Erros comuns que comprometem a segurança
- Conectar o talabarte em ponto incorreto.
- Utilizar os pontos laterais para retenção de queda.
- Deixar o cinturão frouxo ou com fitas torcidas.
- Usar equipamentos sem certificação válida.
- Ignorar danos visuais, desgaste ou corrosão.
- Armazenar o cinturão em locais úmidos, expostos ao sol ou produtos químicos.
Essas práticas reduzem significativamente a eficiência do equipamento e podem provocar falhas críticas durante o uso.
Inspeção e manutenção preventiva
O cinturão deve ser inspecionado antes e depois de cada utilização. A inspeção visual deve buscar sinais de desgaste, cortes, costuras soltas, deformação nas argolas e oxidação nos metais. Após uma queda ou impacto, o equipamento deve ser imediatamente retirado de uso e substituído.
O armazenamento deve ser feito em local seco, protegido da luz solar direta e de agentes químicos. Manter um registro de inspeções e histórico de uso é uma boa prática que facilita o controle da vida útil dos equipamentos.
Treinamento e responsabilidade técnica
A NR 35 determina que todo trabalhador autorizado a atuar em altura deve receber treinamento teórico e prático, abordando o uso correto do cinturão paraquedista, sistemas de ancoragem, resgate e primeiros socorros.
Cabe ao empregador garantir que os EPIs estejam em perfeito estado, que os funcionários sejam capacitados e que as atividades sejam supervisionadas por profissional qualificado.
O cinturão faz parte de um sistema completo de proteção contra quedas, que inclui ancoragem, talabarte, absorvedor de energia e linhas de vida. Somente o uso integrado desses elementos garante segurança efetiva.
Conclusão
O cinturão paraquedista é o elemento central da segurança em altura. Sua correta utilização, associada à observância das normas técnicas e ao respeito aos pontos de engate indicados pelo fabricante, garante não apenas o cumprimento da legislação, mas principalmente a preservação da vida.
A atenção aos detalhes, a realização de inspeções periódicas e o uso de equipamentos certificados são práticas indispensáveis para eliminar riscos e manter os profissionais seguros em qualquer tipo de operação em altura.
A Atlas Safe reforça que segurança é resultado de conhecimento, técnica e disciplina. Seguir as recomendações do fabricante e adotar uma cultura de prevenção é a forma mais eficaz de garantir que cada trabalhador volte para casa em segurança.

