Trabalho em Altura e SPIQ Como Utilizar as Normas de Segurança Adequadamente na sua Operação

Trabalho em Altura e SPIQ: Como Utilizar as Normas de Segurança Adequadamente na sua Operação

O trabalho em altura representa um dos maiores desafios em termos de segurança ocupacional, demandando ampla compreensão das normas e procedimentos vigentes para garantir a proteção dos trabalhadores. Para isso, o uso de Sistemas de Proteção Individual contra Quedas (SPIQ) é regulamentado pela NBR16489, e a sua implementação adequada é fundamental para promover um ambiente de trabalho livre de riscos.

Neste artigo, você compreenderá quais são os principais componentes que fazem parte dos SPIQ e a sua importância para uma operação de trabalho em altura.

SPIQ de Restrição e SPIQ de Retenção

A NR35 classifica os SPIQ em dois formatos: restrição do movimento ou retenção da queda.

Nos SPIQ de restrição do movimento, o objetivo é limitar o espaço de movimentação do trabalhador, contendo seu deslocamento. Com isso, ocorre a prevenção das quedas pelo controle da mobilidade do usuário dos equipamentos do sistema.

Por outro lado, os SPIQ de retenção de queda atuam durante a queda do trabalhador, com foco em reduzir as consequências causadas pelo impacto.

SPIQ
Exemplo do funcionamento dos SPIQ de restrição de movimento (esquerda) e de retenção de queda (direita). (Imagem: Reprodução/CBIC)

 

Componentes de um SPIQ

Um Sistema de Proteção Individual contra Quedas é composto por componentes de acordo com a NR35, com o objetivo de consolidar um sistema sólido de segurança para o trabalhador em altura. São eles:

  1. Trabalhador em uso do cinturão de segurança (EPI);
  2. Elemento conector entre o cinturão e a ancoragem (talabarte ou trava-quedas);
  3. Estrutura que possui um ponto de ancoragem instalado.

Cinturão de segurança

Um dos EPI mais relevantes para operações em altura é o cinturão de segurança, que consiste em diversas amarrações em torno do tronco, ombros, quadril e pelve do trabalhador. Seu objetivo é oferecer estabilidade no sistema, mantendo o corpo do usuário envolvido firmemente enquanto realiza o trabalho sem dificuldades.

Os melhores modelos disponíveis no mercado são leves e não possuem custo alto, facilitando o uso e a aquisição do EPI com alto nível de segurança para o trabalhador. Além das fitas que envolvem o corpo, o cinturão é equipado com um elemento de engate que é utilizado na conexão com o restante do sistema.


Equipamentos de Proteção Individual utilizados pelo trabalhador em altura, incluindo o cinturão de segurança. (Vídeo: Reprodução/Atlas Safe)

O elemento de engate do cinturão pode ser posicionado em diferentes partes do EPI, a depender das condições de trabalho apresentadas. O posicionamento mais comum é o dorsal, nas costas, mas também é possível alocá-lo nos ombros, peitoral, quadris, ombros e região pélvica do trabalhador.

Talabarte e trava-queda

Os componentes de conexão entre o trabalhador e a estrutura podem ser talabartes ou trava-quedas, e possuem o objetivo primário de ser o centro do controle da movimentação do utilizador. Enquanto o trava-quedas interrompe a queda livre de forma quase imediata, o talabarte trava o sistema após um tempo maior.

Há dois tipos de talabartes disponíveis no mercado:

  1. Talabarte de posicionamento e restrição: como o nome sugere, é um equipamento exclusivo para SPIQ de restrição de movimentos, uma vez que não possui um absorvedor de energia e, portanto, é ineficaz para a retenção de quedas.

Talabarte de retenção de queda: este talabarte possui um mecanismo de absorção de energia, ou seja, consegue interromper uma situação de queda e preservar a segurança do trabalhador.

Estrutura com ponto de ancoragem.
Estrutura com ponto de ancoragem. (Imagem: Arquivo/Atlas Safe)

Os trava-quedas, por sua vez, estão disponíveis em três formatos:

  1. Trava-quedas deslizante para linha flexível: este modelo permite o deslocamento do trabalhador ao longo de uma linha de ancoragem, seguindo o seu movimento sem a necessidade de realizar manuseios no sistema durante a operação em altura.
  2. Trava-quedas deslizante para linha rígida: embora similar ao formato anterior, este modelo se diferencia por ser mais utilizado em escadas verticais fixas com linha fixa no topo e na base.
  3. Trava-quedas retrátil: funciona como um cinto de segurança utilizado em carros – quando a linha retrátil é puxada rapidamente, o sistema trava, retendo a movimentação e a queda. Em geral, este formato é utilizado em atividades em altura que necessitam de movimentação vertical ou horizontal e na carga e descarga de caminhões.

    Trava quedas retrátil
    Trava-quedas retrátil em linha de vida vertical. (Imagem: Arquivo/Atlas Safe)

Estrutura com dispositivo de ancoragem

A estrutura onde o dispositivo de ancoragem irá concluir o sistema, suportando o conector e o trabalhador, é variável e precisa ser personalizada para atender as necessidades do ambiente de trabalho em altura.

Embora haja parâmetros previstos em normas e regulamentações, os dispositivos precisam ser adaptáveis e compatíveis com diferentes estruturas, garantindo a sua performance no SPIQ. Para mais informações sobre composição e compatibilidade de componentes em um sistema, converse com um especialista.


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